quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Carta 1

Nós quatro em cima da cama conversando e rindo, não percebemos a madrugada chegar. A ansiedade pelo novo foi mais forte que o sono.
Com o nootebook em mãos e o google mapas aberto, conhecemos a pequena cidade de Pullman, o destino do André, nosso filho mais velho. Tenho a impressão que os próximos doze meses serão mais longos.

Parece que foi ontem que você fez a inscrição para o Intercâmbio e aguardava ansioso pela resposta. Você se esforçou, correu atrás e não se gabou para ninguém. Antes de ir, quis aprender a fazer bolo, arroz, feijão, macarrão... Ë certo, que ainda não ficou expert em quebrar os ovos, mas tudo bem! Você já está “pronto” para fazer bonito aí fora.
Nunca vou esquecer os dias que eu e seu irmão ficamos doente, com a danada da dengue. Você ajudou seu pai a cuidar de nós e da casa.
Para minha surpresa, as roupas sujas não se acumularam, você me deu o presente de lavá-las. Passou no teste. Obrigada filho, sua gentileza e forma de servir me encantam cada dia mais.

Tenho o sentimento de que o ninho está ficando vazio e me vem à cabeça a ideia de que você está alçando voos cada vez mais altos.
-       Filho, voe, e voe alto!
Veja como é gostoso sentir os bons ventos que os voos nos proporcionam. É verdade que às vezes, os ventos podem ser mais fortes e turbulentos, chegam a fazer um grande barulho e dão até medo. Mas também é verdade que os voos proporcionam ventos brandos, gostosos e magníficos.
Não importa como serão os ventos, o que vale é a sensação gostosa da conquista, da liberdade e realização que cada voo te proporciona.

Enquanto isso, oro e confio que tudo sairá bem.

Espero com alegria a sua volta. Te amooooooooo!


Mãe

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